the runaways

O primeiro encontro que tive com esse filme foi com um vídeo da lindinha e meiga Dakotta Funning cantando de espartilho e maquiagem pesada… um susto!

Logo fui pesquisando e encontrei a resposta, seria um filme sobre “The Runaways” (2010), uma banda formada somente de garotas nos anos 70. Ufa!

Logo então descobri também além da Dakota Fanning estar no papel da Cherry Bomb (Cherie Currie) a mocinha do “Crepúsculo” Kristen Stewart está como a durona Joan Jett.


O filme é muito bem dirigido por Floria Sigismond, com uma narrativa pelo ponto de vista de Cherie, sobre o começo da banda. Um realismo chocante para quem estava acostumado com a Dakota Funning interpretando uma amiga de um porquinho. Um impacto positivo já que as duas atrizes deixam pra trás o ar de mocinha para assumirem papeis maduros e complexos com muita competência.

Num mundo que necessitava de direitos iguais para os sexos, a banda insere seu espaço no mundo viril do rock’n’roll com muito estilo e muita ousadia, principalmente sexualmente falando.

O filme estréia no Brasil no final do ano, mas foi lançado em março e já está em DVD nos EUA. Tá ai o Trailler:


Um ótimo filme para quem gosta de rock, um ótimo filme para quem tem a cabeça aberta e um ótimo filme para quem gosta de se divertir sem preconceitos. O filme me surpreendeu, eu adorei…

[500] dias com ela

Muito tempo sem postar aqui para voltar com uma comédia romântica? NÃO. Definitivamente não é só uma comédia romântica…

[500] dias com ela ( [500] days of Summer, 2009), excelente filme de estréia de Marc Webb na direção, com Joseph Gordon-Levit que interpreta Tom, que se encanta a primeira vista por Summer, a belissima Zooey Deschanel, com quem vive “alguma coisa” durante o filme” e eu destaco a irmã de Tom, Rachel, interpretada por Chloe Moretz.

A produção ganhou prêmios, e foi aclamado pela crítica, pelo roteiro leve e perspicaz, além de muito bem dirigido e editado.


Tomadas excelentes, com um humor sutil, despretensioso e inteligente, montagens divertidas, e músicas e mais músicas que embalam o filme num clima agradável… seja na expectativa do amor dar certo, no clima de romance, na desolação de Tom (“perceber que tudo que acreditamos é uma verdadeira mentira”) ou, na insegurança, na melancolia, na realidade ou na esperança e desesperanças do amor (“Você olhou muitas vezes pra trás, mas só olhou pras coisas boas… deveria olhar direito” – Rachel).

 

E disso trata o filme, além de ter uma narrativa animada e inteligente, faz questionar as “verdades” sobre amor, sobre o “pra sempre”, e sobre o “destino”… muito interessante, assistam e divirtam-se.

O Leitor

Inspirado no romance de mesmo nome de Bernhard Schlink, “O Leitor” (2008), dirigido por Stephen Daldry se passa na Alemanha do pós-guerra. A história de um estudante adolescende que se envolve com uma mulher mais velha (papel que deu a Kate Winslet o Oscar, e sua sexta indicação).

Os dois vivem um bonito romance, apesar de todas as diferenças, e em que o tempero principal é quando o menino lê para sua amada nos seus encontros.  Até o dia em que ela desaparece misteriosamente.

A fotografia de uma Alamanha se reconstruindo, uma coloração dramática que nos envolve numa tensão incômoda. E ainda o slogan do cartaz, “O que você seria capaz de fazer para esconder um segredo?”, que nos faz refletir e nos colocar no lugar do menino, 8 anos depois, quando reencontra sua amante numa situação inusitada.

O filme concorreu a 5 Oscars em 2009, incluindo melhor filme.

Sem dúvida, não se pode deixar de assistir esse maravilhoso e sensível filme.

Moça com brinco de pérolas

O quadro Moça com brinco de pérolas é uma obra prima do pintor holandes Jan Vermeer. Vermeer viveu no Séc. XVII e seus poucos quadros são muito admirados pelas cores transparentes, composições e uso da luz. Foi esquecido por muito tempo…

Tracy Chevalier escreve, em 1999, o livro “Moça com brinco de pérola”, que transpõe ao expectador uma narrativa fantástica em torno do quadro de Vermeer. Trata a história e a arte do pintor holandes e da suposta “Moça” com tanta paixão e beleza, que seu livro foi logo transformado em filme.

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O filme dirigido por Peter Webber em 2003 tem Scarlett Johansson e Colin Firth no elenco. O roteiro, adaptado do livro homônimo, trata de uma jovem camponesa que tenta salvar família indo trabalhar na casa do pintor Vermeer. Griet, dentre suas inúmeras funções é a criada responsável pela limpeza do atelier do pintor, e logo foi ganhando sua confança por ser muito inteligente e delicada.

Vermeer passa então a ensinar a moça a preparação de tintas, composição, aguçando mais ainda seu olhar para as artes e aumentando a cumplicidade dos dois, suma sensualidade palpável.

A fotografia do filme é fantástica, trata as cores como os tons das pinturas barrocas, uma atmosfera sublime mesclando sensualidade e inspirações num romance tenso e fulminante. Recebeu indicação no Oscar por Fotografia, Direção de Arte e figurino…

Scarlett Johansson está perfeita no papel, acredito que outra atriz não seria tão compatível, tanto com a estética da obra de arte, quanto com o teor dramático da personagem.

Enfim, um dos meus quadros preferidos, um dos meus livros preferidos e um dos meus filmes preferidos…

Scarlett Johansson

Sob o Sol de Toscana

Pensei em escrever sobre um filme triste, mas, resolvi seguir o exemplo da minha melhor amiga e falar sobre o filme Sob o Sol de Toscana (2003), porque esse filme para ela faz bem em momentos dificeis… espero que faça bem para todos…

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O filme tem direção de Audrey Wells, que acerta na mão com um filme alto astral e uma fotografia impecável.

Frances Mayes é a protagonista vivida por Diane Lane, uma escritora de San Francisco que depois de uma desilusão e de sua separação do marido, ganha um presente de sua amiga lésbica. O presente é uma viagem para Toscana, em uma caravana, porém, em um impulso, Frances decide se mudar para Toscana, comprando um aconchegante chalé, que precisa de reformas.

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Durante a reforma de seu novo lar, Frances passa por aventuras, surpresas, faz novas amizades e vive um romance que a faz sentir viva.

O filme faz o espectador viver uma redescoberta de Frances, uma experiencia incrível repleta de esperança que transforma a vida de uma mulher. São momentos e paisagens expetaculares, que nos faz apaixonar por uma simplicidade encantadora.

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Uma irresistível viagem, que todos tem vontade de fazer… o filme tinha tudo para ser deprê, e dá a volta por cima, de uma forma intensa e verdadeira.

A viagem de Chihiro

Percebi que vez alguma escrevi sobre uma animação, e nada melhor do que começar com “A viagem de Chihiro” (Sen to Chihiro No Kamikakushi, 2001),  filme japonês, ganhador do Oscar de animação (entre outros prêmios) e dirigido por Hayao Miyazaki. Talvez, esse seja o post mais difícil que escrevo porque o filme trata de uma trama complexa com personagens atípicos e dotados de simbologias.

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O filme conta uma história fantástica de uma menina de 10 anos, Chihiro, menina mimada e que está muito chateada porque seus pais resolveram mudar de cidade. Durante a viagem de “mudança” seu pai pega um atalho na estrada que acaba em um túneo. Eles atravessam o túneo (a contra gosto de Chihiro) e se deparam com um lugar mágico, inabitado e cheio de restaurantes.

O lugar era um “refúgio” para espíritos, e quando eles chegam é Haku que salva a menina Chihiro, enquanto seus pais viram porcos… Haku leva Chihiro para trabalhar para a feiticeira, na casa de banhos para espíritos… com isso, Chihiro vive várias experiencias fantásticas e acaba aprendendo a valorizar o sentimento de amor e amizada que conhece…

Uma produção sublime, feito quase todo a mão e pincel…

Uma história sensível e impressionante, que trata de uma forma única uma história fantástica sobre o descobrimento do amor e sobre o crescimento de uma adolescente… o enredo com personagens enigmáticos e bem construídos faz de “A viagem de Chihiro” um clássico, que muitos críticos tratam como “a Alice japonesa”.

Enfim, é uma obra de arte imperdível!!!

Lost in translation

“Encontros e desencontros” (Lost in translation, 2003) é outro filme que está na lista deste blog há um tempo…

Escrito e dirigido por Sofia Coppola, tem no elenco a queridinha Scarlett Johansson e Bill Murray, que concorreu ao Oscar de melhor ator por esse filme.

O enredo do filme trata de um sentimento de solidão na multidão. Charlotte (Johansson) mudou pro Japão com o marido, que trabalha muito e a deixa sozinha o dia todo. Olhava Tóquio agitada e colorida pela janela e só fazia esperar tediosamente.

Enquanto isso, o astro de cinema Bob Haris (Murray) está no Japão para um comercial de wisky… Bob está em crise consigo mesmo, em crise com a mulher e sofrendo de insônia. Conhece Charlotte por acaso no elevador, e sorri.

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Os dois estranhos logo se aproximam, inevitavelmente, e deixam a apatia de suas vidas de lado, juntam-se para explorar Tóquio enquanto se conheciam, se descobriam e se encantavam, um com o outro…

Um encontro com uma pessoa especial fadado há durar pouco tempo…


A trama explora oportunidades, descobertas e diz muito sobre os sentimentos contemporâneos sem precisar utilizar muitas palavras. O filme traduz de uma forma sublime o sentimento de solidão e melancolia das grandes metrópoles, e como certos acontecimentos podem significar muito mais que uma vida inteira.

Utiliza a tumultuada paisagem de Tóquio, com uma direção de arte e fotografia muito bem empregada, com luzes perfeitas num colorido escuro que dialogam com a tristeza da trilha sonora e das situações da trama.

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Por esse filme, Sofia Coppola ganhou o Oscar de Melhor roteiro original, e o filme concorreu ainda às três principais categorias (Melhor filme, melhor diretora e melhor ator).

Sofia prova neste filme que não é só uma filhinha de papai, prova seu talento e sua maturidade com diretora e roteirista. Vale à pena conferir, sem dúvida!

Amelie Poulain

Esse filme está na lista para esse blog desde o início, na verdade, este deveria ser o primeiro post do “Artista Cinéfila”, porém sempre tive um pouco de medo de não fazer juz ao filme.

O Fabuloso destino de Amelie Poulain (Le fabuleux destin dAmélíe Poulain, 2001) é um filme incrível, um universo mágico.

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O filme é diirigido por Jean-Pierre Jeunet, e conta a história fantástica de Amelie Poulain (Audrey Tatou) uma jovem que nasceu numa família estranha, sua mãe morre cedo, e ela é criada por um pai distante, que não lhe dá carinho e a deixa crescer isolada das outras crianças.

Quando cresce, Amelie muda para Paris, e trabalha como garçonete no “Le moulin”, vivendo uma vida sem grandes novidades, observando as pessoas ao seu redor, ao invés de viver.

No dia da morte da Lady Di, porém, um acontecimento muda sua vida. Amelie encontra uma caixinha com pertences de uma criança, que agora já era um adulto, jura encontrar o dono e promete que se a pessoa ficar feliz com a caixinha, ela mudaria sua vida.

O dono da caixinha ficou profundamente emocionado com a descoberta, e Amelie decide ajudar pessoas com pequenos gestos, sempre anonimamente… porém, ela também se descobre precisando de ajuda, ainda lhe falta algo…


O filme trás uma trama simples tratada de uma forma excepcional. A direção de arte e a fotografia é repleta de detalhes, cada personagem mostra um universo particular e aconchegante. Atrilha sonora, por Yann Tiersen, é igualmente muito bem empregada,  evoca a delicadeza da trama.

O filme recebeu 5 indicações ao Oscar, e várias outras…  sem dúvida, um clássico, um filme francês cult, que é acessível ao público,  ao mesmo tempo, um drama e uma comédia…

Por fim, um filme delicioso, inovador e cativante, que  pode (e deve) ser visto inúmeras vezes e a cada vez descobre-se mais detalhes e razões para se apaixonar pela Amelie, uma heroína única, que nos dá uma lição atraves de seus planos mirabolantes e de sua paixão…

Dançando no escuro…

Depois de muito tempo sem postar, resolvi escrever sobre um filme que anda na minha mente.

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Um filme muito bem feito, que eu adoro e que tinha visto a muitos anos e essa semana resolvi rever… o filme é “Dançando no Escuro” (Dancer in the dark), um filme de origem francesa, com a direção e roteiro pelo dinamarquês Lars Von Trier (Dogville), com a cantora islandesa Björk (Selma Jezkova), Catherine Deneuve (Kathy), Jean-Marc Barr (Norman) e Peter Stormare (Jeff) no elenco.

A história conta a saga de Selma Jezkova, uma mãe-solteira tcheca que foi morar nos Estados Unidos.

Selma tem uma doença hereditária que a faz perder a visão, algo que também deverá acontecer um dia a seu filho Gene (Vladan Kostig), um garoto de doze anos. Entretanto, em virtude de saber que existem médicos nos Estados Unidos que podem operar seu filho isto foi o suficiente para fazê-la imigrar para o país. Ela trabalha muito duro e guarda tudo o que ganha para a cirurgia do filho. Bill (David Morse) e Linda (Cara Seymour), seus vizinhos, juntamente com Kathy, uma colega de fábrica, a ajudam no que é possível, mas quando Bill se vê em dificuldades financeiras rouba o dinheiro que Selma tinha economizado duramente. Este roubo é o ponto de partida para trágicos acontecimentos.

O filme é tratado pelo diretor de uma forma quase “surreal”, as músicas substituem diálogos imaginários de uma forma única. Alguns críticos tratam o filme de Von Trier como “um objeto cinematográfico não identificado, que se interroga a cada passo e coloca em xeque seu público”.

Prêmios e indicações:

– Ganhou a Palma de Ouro de Melhor Filme e o prêmio de Melhor Atriz (Björk), no Festival de Cannes.
– Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Canção Original (Ive seen it all).
– Recebeu 2 indicações ao Globo de Ouro, nas categorias de Melhor Atriz em Drama (Björk) e Melhor Canção Original (Ive seen it all).
– Recebeu uma indicação ao Cesar, na categoria de melhor filme estrangeiro.

A trilha sonora é muito expressiva e forte, e no todo, o filmes, como um drama musical passa seu recado de maneira incrível… peguem os lencinhos!

Luiza

Megera Domada?????

Um filme dos primórdios da “nova” comédia romântica de adolescentes do ano de 1999, 10 coisas que eu odeio em você foi dirigido por Gil Junger, com Julia Stiles e Heath Ledger (esse mesmo que você tá pensando…).

O filme se passa numa escola chamada Prada, Bianca (a menina popular) sofre por uma regra do seu pai, não podendo namorar até sua irmã mais velha namorar. Isso leva Cameron (apaixonado por Bianca) a armar uma situação em que acaba contratando o suposto “mau-elemento” Patrick (Ledger) para “desencalhar” Katharina (a irmã mais velha).

Kat, por sua vez, não quer nada com ninguém e é tida como uma megera no colégio, fazendo Patrick ter trabalho para conquistá-la.

Como dá para perceber, esse enredo do filme é bem familiar. Baseado na peça teatral de Shakespeare, A Megera Domada, com o texto adaptado para os dias atuais, fazendo várias referências à história original, como o local Pádua, que é a cidade onde se passa a peça original, e os nomes das irmãs (Bianca e Catarina).

O filme é ótimo, os atores estão bem a vontade nos personagens, o texto é delicioso e com certeza marcou minha adolescência, vale a pena conferir.